O sol fugiu á noite
Consigo veio o dia
Quando um anjo desceu á terra
Oferecendo-me o amor com alegria
Iluminou os meus olhos escurecidos pela dor
Pálidos por um dilúvio de lágrimas
Castigando um desertor
Que fugia á guerra do amor
Rendi-me á sua beleza
Pois toda ela é uma certeza
De não haver mulher no mundo
Que me desperte desejo mais profundo
No seu corpo nascem rosas
Na sua mente a inteligência crescente
Libertando palavras fervorosas
Que amam quem as sente
Surgiu assim da noite
Como um sonho sem fim
Que realidade tão doce.....
Mais que fosse para mim
Na vida de um Eduardo.
Palavras guardadas
-
▼
2004
(63)
-
▼
julho
(29)
- Alentejo
- Amizade
- Beja
- Cavalgada
- Confusão
- Conta-me histórias......
- Chove
- Diário
- Droga
- Ela
- Enfrente e verso
- Palavras errantes
- Estrela cadente
- Eternidade
- Extremos
- Fugir
- Galileu
- Guerra
- O homem que escreveu a bíblia
- Lanterna Vermelha
- Leito do amor
- Lua
- Missionário
- Momentos
- Lua dos Homens
- Gente sem rumo
- Mulher
- Música
- Ophélia
-
▼
julho
(29)
sábado, julho 31, 2004
sexta-feira, julho 30, 2004
Música
A música são os sonhos
De quem nos faz sonhar
A melodia sem destino
O timbre vespertino
Que nos encanta ao despertar
Onde a vida é uma harmoniosa ária
O mundo a perfeita sinfonia
A amizade com “molto allegro”
Esquece na serenata a monotonia
Toda uma orquestra de sons
Que dispersam pela mente
Dando cor aos sentimentos
A tudo um tom diferente
De quem nos faz sonhar
A melodia sem destino
O timbre vespertino
Que nos encanta ao despertar
Onde a vida é uma harmoniosa ária
O mundo a perfeita sinfonia
A amizade com “molto allegro”
Esquece na serenata a monotonia
Toda uma orquestra de sons
Que dispersam pela mente
Dando cor aos sentimentos
A tudo um tom diferente
quarta-feira, julho 28, 2004
Mulher
Mulher........
De onde nasci
A quem amo
Mais ainda depois da morte
Ao sentir a sua falta
Deus na sua Criação
Cometeu uma imperfeição
Ser a mulher uma costela
Como um sonho ser um pesadelo
De onde nasci
A quem amo
Mais ainda depois da morte
Ao sentir a sua falta
Deus na sua Criação
Cometeu uma imperfeição
Ser a mulher uma costela
Como um sonho ser um pesadelo
terça-feira, julho 27, 2004
Gente sem rumo
Escuto música
O orgulho da poesia
Som do fado triste
O encanto da maresia
Lamentos de espíritos errantes
Buscam a origem na pátria distante
Viajam na rota do ouro e do levante
Longe da terra de Camões e Cervantes
São filhos das areias do tempo
Imortalizados pelo sangue quente
Vivem na magia do céu prateado
Onde a sabedoria torna-se vidente
O orgulho da poesia
Som do fado triste
O encanto da maresia
Lamentos de espíritos errantes
Buscam a origem na pátria distante
Viajam na rota do ouro e do levante
Longe da terra de Camões e Cervantes
São filhos das areias do tempo
Imortalizados pelo sangue quente
Vivem na magia do céu prateado
Onde a sabedoria torna-se vidente
segunda-feira, julho 26, 2004
Lua dos Homens
Percorre a serra dos malditos
Num longo mar de prata
Cria virtudes na vida
Quando o sol no horizonte se mata
Velha amante dos filhos das estrelas
Bebem o vinho das vozes estridentes
Dançam na simplicidade da noite nua
Enquanto as sombras esperam clementes
Entoam-se os cânticos fatídicos
Crepita o espírito guerreiro
No fogo do lago prateado
Tudo é um sonho verdadeiro
Encanto pela chama verde
Que embala as emoções
O feitiço da lua
Que arde nos corações
Num longo mar de prata
Cria virtudes na vida
Quando o sol no horizonte se mata
Velha amante dos filhos das estrelas
Bebem o vinho das vozes estridentes
Dançam na simplicidade da noite nua
Enquanto as sombras esperam clementes
Entoam-se os cânticos fatídicos
Crepita o espírito guerreiro
No fogo do lago prateado
Tudo é um sonho verdadeiro
Encanto pela chama verde
Que embala as emoções
O feitiço da lua
Que arde nos corações
domingo, julho 25, 2004
Momentos
Sou jovem
Agora que vou ser velho...
Desejei em criança crescer
Para não perguntar
Simplesmente saber!
Sou velho
Mesmo sendo jovem...
Desejo para criança crescer
Curioso, perguntar ?
Fascinado, perceber !
Sou criança...
Um jovem com o pesar dos anos
O velho da puberdade
Espírito sem idade...
Agora que vou ser velho...
Desejei em criança crescer
Para não perguntar
Simplesmente saber!
Sou velho
Mesmo sendo jovem...
Desejo para criança crescer
Curioso, perguntar ?
Fascinado, perceber !
Sou criança...
Um jovem com o pesar dos anos
O velho da puberdade
Espírito sem idade...
sexta-feira, julho 23, 2004
Missionário
Desconhecido...
Algo faz sonhar o espírito
As raízes da alma
Na tempestade se acalma
A peregrinação...
Que persegue o sonho
Vive sem liberdade
Preso nessa verdade
Esperança...
Ter mais que o tempo
Nunca chegar á conclusão
De uma vida em vão
Algo faz sonhar o espírito
As raízes da alma
Na tempestade se acalma
A peregrinação...
Que persegue o sonho
Vive sem liberdade
Preso nessa verdade
Esperança...
Ter mais que o tempo
Nunca chegar á conclusão
De uma vida em vão
quinta-feira, julho 22, 2004
Lua
Neste momento
Vêm a noiva do dia
Soltou o véu
Sussurrando magia
No silêncio chamou-me
Ao seu encanto negro
As sombras vivas
Corriam pelo seu corpo...
Gritos na escuridão!
A vós mãe fria e nua!
Vossos filhos errantes
Pedem a imortalidade!
Foragidos pela noite
Rasgos na solidão
Saga da lealdade
Dama de estranha paixão
Vêm a noiva do dia
Soltou o véu
Sussurrando magia
No silêncio chamou-me
Ao seu encanto negro
As sombras vivas
Corriam pelo seu corpo...
Gritos na escuridão!
A vós mãe fria e nua!
Vossos filhos errantes
Pedem a imortalidade!
Foragidos pela noite
Rasgos na solidão
Saga da lealdade
Dama de estranha paixão
quarta-feira, julho 21, 2004
Leito do amor
Volta o amor
Almofada do poeta
Segreda com pudor
Velhos sentimentos que enceta
Vivem as palavras
Entre a alegria a emoção
Bebem da pura fonte
Do cristalino coração
O amor uma verdade
Quando realidade
Beija o espírito
Num sopro de simplicidade
Torna-se fantasia
Antigo desejo, recente sonho
Talvez agora sorria
O eterno tristonho
Ser esta vida sem amor
Verter da rosa a profunda cor
Morrer para viver
Escapar á magia á dor !
Almofada do poeta
Segreda com pudor
Velhos sentimentos que enceta
Vivem as palavras
Entre a alegria a emoção
Bebem da pura fonte
Do cristalino coração
O amor uma verdade
Quando realidade
Beija o espírito
Num sopro de simplicidade
Torna-se fantasia
Antigo desejo, recente sonho
Talvez agora sorria
O eterno tristonho
Ser esta vida sem amor
Verter da rosa a profunda cor
Morrer para viver
Escapar á magia á dor !
terça-feira, julho 20, 2004
Lanterna Vermelha
Olha como te encontrei no dia
Tão diferente, não te conhecia
O meu espanto de te ver á noite
Com os clientes que fazes de dia
Todos o dizem que é uma animação
Chamam-te a Betty Boop da esquina
Sensual, Marilyn Monroe “a fina”
A usada mulher que diz ser menina
Toda a malta fica desatinada
Ver-te entrar em casa camuflada
Gritam : “Já tenho para esta noite”
És pouco, mas sempre melhor que nada
Todos sabem o teu nome
Todos por uma simples razão
Não, não é por profissão
Mas sim por seres de alma e coração
Tão diferente, não te conhecia
O meu espanto de te ver á noite
Com os clientes que fazes de dia
Todos o dizem que é uma animação
Chamam-te a Betty Boop da esquina
Sensual, Marilyn Monroe “a fina”
A usada mulher que diz ser menina
Toda a malta fica desatinada
Ver-te entrar em casa camuflada
Gritam : “Já tenho para esta noite”
És pouco, mas sempre melhor que nada
Todos sabem o teu nome
Todos por uma simples razão
Não, não é por profissão
Mas sim por seres de alma e coração
segunda-feira, julho 19, 2004
O homem que escreveu a bíblia
O homem que escreveu a bíblia
Caminhou entre nós
Ofereceu-nos a sua fé
Até lhe sucumbirmos a voz
Chamou-me por irmão
Falou-me de Abel e Caim
Dizendo que a minha escuridão
Haveria de ser o seu fim
Que gesto tão atroz!
Do qual lavo as mãos
Recebo esta herança
Como Pilatos o fez então
Perguntei-lhe quem era
O meu nome retorquiu
Senti-me uma fera
Que a si se consumiu
Caminhou entre nós
Ofereceu-nos a sua fé
Até lhe sucumbirmos a voz
Chamou-me por irmão
Falou-me de Abel e Caim
Dizendo que a minha escuridão
Haveria de ser o seu fim
Que gesto tão atroz!
Do qual lavo as mãos
Recebo esta herança
Como Pilatos o fez então
Perguntei-lhe quem era
O meu nome retorquiu
Senti-me uma fera
Que a si se consumiu
domingo, julho 18, 2004
Guerra
Ouvir-te
Ouve-se a dura tempestade
Enquanto destrói sem razão
Os destroços ocultam a verdade
No bulício inconsciente sem duração
Correm pelas suas vidas
Soltam-se os gritos e a dor de quem ?
Entre ruínas, natureza destruída
A nuvem negra não deixou ninguém
Tempestade que é embalada aos quatro ventos
Nunca conheceu a bonança
Nem viu réstias de esperança
Entre reflexões e lamentos
Ouve-se a dura tempestade
Enquanto destrói sem razão
Os destroços ocultam a verdade
No bulício inconsciente sem duração
Correm pelas suas vidas
Soltam-se os gritos e a dor de quem ?
Entre ruínas, natureza destruída
A nuvem negra não deixou ninguém
Tempestade que é embalada aos quatro ventos
Nunca conheceu a bonança
Nem viu réstias de esperança
Entre reflexões e lamentos
sábado, julho 17, 2004
Galileu
Ai Galileu, Galileu!
Quero ir ao fim do mundo
Saber quem sou eu…
Vou subir ao alto do monte
Esperar ver alguém
Não sei se conte
Que não vi ninguém…
Vou descer ao vale
Onde reina o rio
Era o mar sem sal
Quem nunca viu !
Vou percorrer a planície
Cego pelo perfume das rosas
Têm espinhos como Circe ?
Estas flores tão formosas …
Conheço meio mundo
Só falta o céu a terra e o mar
Sim Galileu
A terra continua a girar...
E o universo ?
Vou por ai viajar..........
Quero ir ao fim do mundo
Saber quem sou eu…
Vou subir ao alto do monte
Esperar ver alguém
Não sei se conte
Que não vi ninguém…
Vou descer ao vale
Onde reina o rio
Era o mar sem sal
Quem nunca viu !
Vou percorrer a planície
Cego pelo perfume das rosas
Têm espinhos como Circe ?
Estas flores tão formosas …
Conheço meio mundo
Só falta o céu a terra e o mar
Sim Galileu
A terra continua a girar...
E o universo ?
Vou por ai viajar..........
sexta-feira, julho 16, 2004
Fugir
Vêm liberdade !
Quanto te chamo!
As vezes que desertas
Em batalhas incertas!
Traz-me o fogo !
O gelo que arde!
Nas alvoradas que nascem tarde...
Devolve-me o grito !
O som que chama á razão...
De quem fala sem língua
E vive sem coração!
Quero a água !
Não aquela que chora...
Nem mesmo a inodora
Pois dessa bebi outrora...
Sem mais demora...
Encontra-me a mim
O vento que leve as cinzas
De alguém sem fim...
Quanto te chamo!
As vezes que desertas
Em batalhas incertas!
Traz-me o fogo !
O gelo que arde!
Nas alvoradas que nascem tarde...
Devolve-me o grito !
O som que chama á razão...
De quem fala sem língua
E vive sem coração!
Quero a água !
Não aquela que chora...
Nem mesmo a inodora
Pois dessa bebi outrora...
Sem mais demora...
Encontra-me a mim
O vento que leve as cinzas
De alguém sem fim...
quinta-feira, julho 15, 2004
Extremos
Acordei longe de mim, afastado do mundo
Perto de ti
Preso a uma teia que não a da minha vida
A batalha que ninguém vitoriou
E levava por vencida
Traído por olhos guerreiros
Desafiando o amor
Como raios de sol reflexos em diamante
Tão cintilante como a minha dor
Apenas o seu sorriso como amante
Não atentava ao meu pudor
Feliz por ser eu a chorar
Não que goste, mas sim por amar
Nunca ver o seu rosto em lágrimas
Para que a vida não seja algo em vão
Vou mergulhar e afogar-me
Nos seus olhos de fervilhante paixão
Beber todos os seus desesperos
Os infinitos oceanos de medos
Ter este espírito seco para reter
O que o amor não pode conter
Senti-me assim mais perto de mim
Senti o mundo, senti-te a ti!
Olhei e uma lágrima deslizava-te pelo coração
Despertei de verdade, angustiado com a razão...
Perto de ti
Preso a uma teia que não a da minha vida
A batalha que ninguém vitoriou
E levava por vencida
Traído por olhos guerreiros
Desafiando o amor
Como raios de sol reflexos em diamante
Tão cintilante como a minha dor
Apenas o seu sorriso como amante
Não atentava ao meu pudor
Feliz por ser eu a chorar
Não que goste, mas sim por amar
Nunca ver o seu rosto em lágrimas
Para que a vida não seja algo em vão
Vou mergulhar e afogar-me
Nos seus olhos de fervilhante paixão
Beber todos os seus desesperos
Os infinitos oceanos de medos
Ter este espírito seco para reter
O que o amor não pode conter
Senti-me assim mais perto de mim
Senti o mundo, senti-te a ti!
Olhei e uma lágrima deslizava-te pelo coração
Despertei de verdade, angustiado com a razão...
quarta-feira, julho 14, 2004
Eternidade
Sempre a vontade dos homens determinou o mundo...
Criar uma vereda para o sonho
Ter saída para a realidade do paraíso
Revoltar-se contra a clandestinidade do espírito
Roer as correntes que nos prendem ao silêncio
Marchar sem dor com paixão e amor
Para deixar os medos nas frias paredes
Pisar a caruma como sinal de esperança
Para nunca acordar em sobressalto
Com o dobrar dos sinos
Nem adormecer com o receio de traição
Caminha-se na estrada quente e suada
Onde o corpo padece e a alma enriquece
Reconfortada pelo olhar tímido e consciente
De quem ama e vê partir o amor
Assim como os homens são separados pelas águas
Pelos vários oceanos da vontade
Sem crer na única verdade
A união que é a força da amizade
Criar uma vereda para o sonho
Ter saída para a realidade do paraíso
Revoltar-se contra a clandestinidade do espírito
Roer as correntes que nos prendem ao silêncio
Marchar sem dor com paixão e amor
Para deixar os medos nas frias paredes
Pisar a caruma como sinal de esperança
Para nunca acordar em sobressalto
Com o dobrar dos sinos
Nem adormecer com o receio de traição
Caminha-se na estrada quente e suada
Onde o corpo padece e a alma enriquece
Reconfortada pelo olhar tímido e consciente
De quem ama e vê partir o amor
Assim como os homens são separados pelas águas
Pelos vários oceanos da vontade
Sem crer na única verdade
A união que é a força da amizade
terça-feira, julho 13, 2004
Estrela cadente
Vêm pelos céus
Estrela cadente
Ilumina o universo
Com um beijo ardente
Viaja pelo desconhecido
Por caminhos nefastos
Causas inveja ao sol
Oh! mais belo dos astros
Todos pedem um desejo
A ti fogo de magia
Fazes sonhar acordado
Deixas um rasto de fantasia
Estrela cadente
Ilumina o universo
Com um beijo ardente
Viaja pelo desconhecido
Por caminhos nefastos
Causas inveja ao sol
Oh! mais belo dos astros
Todos pedem um desejo
A ti fogo de magia
Fazes sonhar acordado
Deixas um rasto de fantasia
segunda-feira, julho 12, 2004
Palavras errantes
São palavras que se arrastam
Pela tempestade fria, escura
Letras que se afogam
Num espírito sequioso
Palavras gritando por amor
Que as salvem do naufrágio
Mergulhadas na sua dor
Nas águas passadas
Vivem os tormentos intemporais
Esperam a bonança
Os faróis imaginários
Não perdem a esperança
Pela tempestade fria, escura
Letras que se afogam
Num espírito sequioso
Palavras gritando por amor
Que as salvem do naufrágio
Mergulhadas na sua dor
Nas águas passadas
Vivem os tormentos intemporais
Esperam a bonança
Os faróis imaginários
Não perdem a esperança
domingo, julho 11, 2004
Enfrente e verso
Enfrente e verso
Dormi, acordei
Comi, vomitei
Andei amarelo
Vermelho de cansado
Verde de inveja
De quem anda apaixonado
Sento-me numa cadeira
Com uma mesa quadrada á beira
Leio as folhas rectangulares do jornal
Enquanto um cilíndrico cigarro queima-se mal
Os olhos abrem-se na vertical
Vendo numa linha horizontal
Ficando obtuso com mais de 90º
Ao ver um raio de luz
Oferecer-me a beleza mais original
Destacando-se da ora prima
Sendo quente, fria ou natural
Como o amor a água mata a sede
Naqueles dias de sol quente
Quando as nuvens fazem frente
Há sempre quem atente
Levar-nos para a via láctea
Onde os sentimentos vivem nas caudas dos cometas
Apanhar o próximo astro
Para deixar-me nos lábios da estrela mais perfeita
Podendo ser uma supernova
Expelindo-me num fogo de luz
Para a poeira do universo
Caindo num buraco negro
Onde apenas converso
Com a terra que permite o disperso
Novamente
Dormi, acordei
Azul eu sei
Seguro me sinto
Verde a esperança que admito
Quando amarelo é preciso ter cuidado
Porque o vermelho muda de cor
Nas suas chamas ardemos
No seu sangue consumi-mos o amor
Dormi, acordei
Comi, vomitei
Andei amarelo
Vermelho de cansado
Verde de inveja
De quem anda apaixonado
Sento-me numa cadeira
Com uma mesa quadrada á beira
Leio as folhas rectangulares do jornal
Enquanto um cilíndrico cigarro queima-se mal
Os olhos abrem-se na vertical
Vendo numa linha horizontal
Ficando obtuso com mais de 90º
Ao ver um raio de luz
Oferecer-me a beleza mais original
Destacando-se da ora prima
Sendo quente, fria ou natural
Como o amor a água mata a sede
Naqueles dias de sol quente
Quando as nuvens fazem frente
Há sempre quem atente
Levar-nos para a via láctea
Onde os sentimentos vivem nas caudas dos cometas
Apanhar o próximo astro
Para deixar-me nos lábios da estrela mais perfeita
Podendo ser uma supernova
Expelindo-me num fogo de luz
Para a poeira do universo
Caindo num buraco negro
Onde apenas converso
Com a terra que permite o disperso
Novamente
Dormi, acordei
Azul eu sei
Seguro me sinto
Verde a esperança que admito
Quando amarelo é preciso ter cuidado
Porque o vermelho muda de cor
Nas suas chamas ardemos
No seu sangue consumi-mos o amor
sábado, julho 10, 2004
Ela
Doce e bárbara
Como o vinho adormecido no mosto
De lábios quentes e fatais
Onde me consumo em requintado gosto
Olhos embebidos em incerteza
Num rosto que foge á solidão
Uma carícia luminosa
Desperta fogosa paixão
Toda ela é mulher
Todo o homem desejaria no seu leito
Como a primeira flor de primavera
Fazendo inveja ao amor mais perfeito
É ela que faz os sonhos
E nos obriga a sonhar
Tê-la sempre no meu regaço
para na eternidade a amar
Como o vinho adormecido no mosto
De lábios quentes e fatais
Onde me consumo em requintado gosto
Olhos embebidos em incerteza
Num rosto que foge á solidão
Uma carícia luminosa
Desperta fogosa paixão
Toda ela é mulher
Todo o homem desejaria no seu leito
Como a primeira flor de primavera
Fazendo inveja ao amor mais perfeito
É ela que faz os sonhos
E nos obriga a sonhar
Tê-la sempre no meu regaço
para na eternidade a amar
sexta-feira, julho 09, 2004
Droga
Este amor que mata
Arde enquanto o viver
Vidas com sonhos de ouro e prata
Ignorância até ao perecer
A chama do amor
Que se está a propagar!
Anos a alimentar a dor
Quando acaba-se por apagar
Querem sentir este amor...
Uma teia carnal ou espiritual
Deliram no seu fulgor
Presos num pecado pouco original...
Arde enquanto o viver
Vidas com sonhos de ouro e prata
Ignorância até ao perecer
A chama do amor
Que se está a propagar!
Anos a alimentar a dor
Quando acaba-se por apagar
Querem sentir este amor...
Uma teia carnal ou espiritual
Deliram no seu fulgor
Presos num pecado pouco original...
quinta-feira, julho 08, 2004
Diário
Conta-se histórias
Retalhos da vida
Filão de memórias
Alusão despercebida
O fiel confidente
Onde a palavra é indiferente
Escuta sem ripostar
O passar da corrente
Tudo toma sentido
Simples de perceber
Recordar o vivido
Continua-lo a viver
Retalhos da vida
Filão de memórias
Alusão despercebida
O fiel confidente
Onde a palavra é indiferente
Escuta sem ripostar
O passar da corrente
Tudo toma sentido
Simples de perceber
Recordar o vivido
Continua-lo a viver
quarta-feira, julho 07, 2004
Chove
Chove, chove, volta a chover
Talvez parar
Signifique morrer
Por isso chora...
Porque frio e salgado é o mar!
Deixa a correr a cascata
Por essa janela que dá que pensar...
A chuva... Companheira da solidão...
Percorre escombros e fendas da tristeza
Limpa o passeio da desilusão
Abre novos caminhos ao coração
Faz renascer a estrela da manhã
Que alimenta a flor no parapeito da janela…
Quem a viu em lágrimas...
Nem sabe se é ela
Talvez parar
Signifique morrer
Por isso chora...
Porque frio e salgado é o mar!
Deixa a correr a cascata
Por essa janela que dá que pensar...
A chuva... Companheira da solidão...
Percorre escombros e fendas da tristeza
Limpa o passeio da desilusão
Abre novos caminhos ao coração
Faz renascer a estrela da manhã
Que alimenta a flor no parapeito da janela…
Quem a viu em lágrimas...
Nem sabe se é ela
terça-feira, julho 06, 2004
Conta-me histórias......
Caminhava sonolento e desperto
Por aquela calçada de piso desconfiado...
Quando alguém da sua janela disse...
Acorda! Porque já não sonhas...
Olhei e não vi ninguém...
Só eu verdadeiro, sólido, real
Que desespero o foi.........
Levantei a voz ao céu
Procurei com os olhos o infinito
Como se procurasse o mundo
Debaixo dos meus pés...
U
ma luz subiu-me pelo peito
Deixou-me surdo e cego
Roubou-me a minha voz
Para depois a devolver com o amor
Então a vi...
Da sua voz soou o que não percebi
Ou algo que a minha voz o diz...
Tentei calar a voz...
Essa que nascia de tão profunda..
Vertia timidamente, em lágrimas
Da fonte do coração
Nas suas águas, estava o seu reflexo
Apenas sublimado digo.....
Os seus olhos, o seu olhar......
Os seus lábios, que tentei beijar.....
Ao fazê-lo uma lágrima tocou a sua imagem
Como desconfiada de ilusão...
Como, não sei, mas voltei
Caminhei sonolento e desperto
Por aquela calçada de piso desconfiado
Esperando ver alguém na sua janela
Que me diga quem é ela.
Por aquela calçada de piso desconfiado...
Quando alguém da sua janela disse...
Acorda! Porque já não sonhas...
Olhei e não vi ninguém...
Só eu verdadeiro, sólido, real
Que desespero o foi.........
Levantei a voz ao céu
Procurei com os olhos o infinito
Como se procurasse o mundo
Debaixo dos meus pés...
U
ma luz subiu-me pelo peito
Deixou-me surdo e cego
Roubou-me a minha voz
Para depois a devolver com o amor
Então a vi...
Da sua voz soou o que não percebi
Ou algo que a minha voz o diz...
Tentei calar a voz...
Essa que nascia de tão profunda..
Vertia timidamente, em lágrimas
Da fonte do coração
Nas suas águas, estava o seu reflexo
Apenas sublimado digo.....
Os seus olhos, o seu olhar......
Os seus lábios, que tentei beijar.....
Ao fazê-lo uma lágrima tocou a sua imagem
Como desconfiada de ilusão...
Como, não sei, mas voltei
Caminhei sonolento e desperto
Por aquela calçada de piso desconfiado
Esperando ver alguém na sua janela
Que me diga quem é ela.
segunda-feira, julho 05, 2004
Confusão
Sou um jovem
As vezes um poeta
Por isso sonhador...
Sou humano...
Choro e rio
Canto e danço
Quero gritar bem alto
E não sei porquê ?
Quero ter mais amigos
Milhões de amigos
Para conviver
Quero libertar-me
E não sei porquê ?
Quero voar como aquela águia
Sentir o vento nas minhas asas
Que me diz:
Voa, voa em todos os sentidos
Agora és livre.
Quero experimentar de tudo um pouco
E não sei porquê...
Quero vibrar de emoções!
Amar, odiar
Criticar, louvar!
Ver o azul do céu
O azul do mar
Até me saciar!
Eu quero!
E querer é poder!
Poder viver a vida
Que não repete nada
Nem uma única vez!
Portanto........
Deixem um jovem
Todos os jovens
Viverem a vida...
Isto não sei porquê!
As vezes um poeta
Por isso sonhador...
Sou humano...
Choro e rio
Canto e danço
Quero gritar bem alto
E não sei porquê ?
Quero ter mais amigos
Milhões de amigos
Para conviver
Quero libertar-me
E não sei porquê ?
Quero voar como aquela águia
Sentir o vento nas minhas asas
Que me diz:
Voa, voa em todos os sentidos
Agora és livre.
Quero experimentar de tudo um pouco
E não sei porquê...
Quero vibrar de emoções!
Amar, odiar
Criticar, louvar!
Ver o azul do céu
O azul do mar
Até me saciar!
Eu quero!
E querer é poder!
Poder viver a vida
Que não repete nada
Nem uma única vez!
Portanto........
Deixem um jovem
Todos os jovens
Viverem a vida...
Isto não sei porquê!
domingo, julho 04, 2004
Cavalgada
De pé, cabeça erguida
Face a face com a vida
Com o espírito deitado
Pelos cavalos da juventude espezinhados
Senti os seus cascos apressados
Na busca da arma da paz
Os olhos revoltados
Por ser e não ser capaz
De procurar novos caminhos
Pastagens verdes como a esperança
Brotar a vida da terra
Rica em esterilidade e vingança
Onde outrora se via
A realidade e o sonho com semelhança
Os meus passos soavam-me a um simples trote
Não adianta correr sem ouvir o mote
Parar, escutar para perceber
A razão pela qual devemos correr
Face a face com a vida
Com o espírito deitado
Pelos cavalos da juventude espezinhados
Senti os seus cascos apressados
Na busca da arma da paz
Os olhos revoltados
Por ser e não ser capaz
De procurar novos caminhos
Pastagens verdes como a esperança
Brotar a vida da terra
Rica em esterilidade e vingança
Onde outrora se via
A realidade e o sonho com semelhança
Os meus passos soavam-me a um simples trote
Não adianta correr sem ouvir o mote
Parar, escutar para perceber
A razão pela qual devemos correr
sábado, julho 03, 2004
Beja
Beja
Cidade alentejana
De uma só verdade
Figura espartana
Ostenta a alma
Da paz romana
Uma tortuosa calma
De fúria árabe!
Nas calçadas perdidas
Entre ruas labirínticas, esquecidas
Deixa um perfume seco, de saudade
Em quem sempre a vê
Na flor da idade...
Cidade alentejana
De uma só verdade
Figura espartana
Ostenta a alma
Da paz romana
Uma tortuosa calma
De fúria árabe!
Nas calçadas perdidas
Entre ruas labirínticas, esquecidas
Deixa um perfume seco, de saudade
Em quem sempre a vê
Na flor da idade...
sexta-feira, julho 02, 2004
Amizade
Amigo...
Será esse o nome
Por quem chama
O velho conhecido
Vê aquela mão
Que faz esquecer
Momentos de solidão
No sorriso eterno
Entre palavras quentes
Derrete o duro inverno
Pelo privilégio da vida
Encontrar o rosto
Sempre bem disposto
Para brincar, fazer uma corrida
Como em criança
Repleta de esperança
Ter mais de um milhão!
No vasto coração
Onde reina a felicidade
Pura verdade
De quem dá liberdade
Embora ausente
Continua presente
No leito da saudade...
Será esse o nome
Por quem chama
O velho conhecido
Vê aquela mão
Que faz esquecer
Momentos de solidão
No sorriso eterno
Entre palavras quentes
Derrete o duro inverno
Pelo privilégio da vida
Encontrar o rosto
Sempre bem disposto
Para brincar, fazer uma corrida
Como em criança
Repleta de esperança
Ter mais de um milhão!
No vasto coração
Onde reina a felicidade
Pura verdade
De quem dá liberdade
Embora ausente
Continua presente
No leito da saudade...
quinta-feira, julho 01, 2004
Alentejo
Um mundo á parte
Onde o vento sibila
Na vastidão da planície
No coração de gente remota
Um longo oceano de terra
Onde os solitários marinheiros
Lutam contra as correntes do destino
Naufragados na desesperança da vida
Um deserto repleto de verdura
Onde o pasto seco
Oculta a beleza singular do povo
Desprovida pelos tempos vindouros
No entanto.......
O pastor continua a guardar o gado
O sol bate nas suas paredes brancas
Ao som do estalar da cortiça
Enquanto a flor bela chora...
Onde o vento sibila
Na vastidão da planície
No coração de gente remota
Um longo oceano de terra
Onde os solitários marinheiros
Lutam contra as correntes do destino
Naufragados na desesperança da vida
Um deserto repleto de verdura
Onde o pasto seco
Oculta a beleza singular do povo
Desprovida pelos tempos vindouros
No entanto.......
O pastor continua a guardar o gado
O sol bate nas suas paredes brancas
Ao som do estalar da cortiça
Enquanto a flor bela chora...
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